Ao longo de mais de 15 anos pesquisando o universo da moda e observando de perto os movimentos do mercado, venho buscando unir teoria e prática para provocar reflexões mais profundas sobre o que, de fato, significa uma tendência.
Afinal, de onde vêm as tendências? Das semanas de moda? Das ruas? São imposições da indústria? Será que existe um grupo que define essas direções com antecedência? Ou será que estamos vivendo uma era em que tudo é permitido e já não existem regras tão claras?
Essas perguntas nos levam a um ponto crucial: será que ainda podemos falar em tendências como antes? O cenário atual nos apresenta uma diversidade tão grande de referências, estilos e comportamentos que muitas vezes parece que qualquer coisa pode virar tendência. Mas será que é bem assim?
Entre os conceitos que costumo abordar estão os termos core, FAD e tendências de comportamento. Eles ajudam a entender a diferença entre o que é passageiro, o que é nichado e o que, de fato, aponta para mudanças culturais mais profundas.
A tendência como direcionador do mercado
Gosto sempre de lembrar que tendência não é a “blusinha verde da vitrine”, mas sim a SETA que direciona o desejo do consumidor. Aquela força silenciosa que faz com que ele escolha aquela peça, aquele estilo, entre tantas outras opções. Entender o que essa seta representa é fundamental para quem trabalha com criação, curadoria ou estratégias de moda.
As regras vêm mudando, é verdade. Mas o desejo de entender o que está por trás do comportamento de consumo e prever de fato de onde vêm as tendências segue mais atual do que nunca.
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